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[Review] Marvel Vs. Capcom: Infinite (Multi) – Melhor e mais simples

Jogo de luta da Capcom é um convite aos novos jogadores.


Ao contrário do que muitos devem pensar, Mavel Vs. Capcom Infinite (Multi) não é o quarto, mas sim o sétimo jogo da “série versus”, que começou ser desenvolvido pela Capcom nos meados dos anos 90. O primeiro jogo da série foi Street Fighter Vs X-Men (Multi), jogo lançado primeiramente no Arcade e que demorou anos para chegar aos consoles da época.

Infelizmente hoje, comercialmente, os Arcade estão quase extintos no ocidente, mas a empolgação e o deslumbre com um crossover, que une personagens de tantas franquias diferentes em um único título, continua o mesmo.

Meu espaço pessoal

Primeiramente, o jogo ocupa muito mais espaço no HD que os demais jogos do gênero. No PC ele ocupa 60 GB, enquanto nos consoles demanda o equivalente a 28 GB. Mesmo com uma internet de 10 MB, que é considerada acima da média nacional, são 15 horas de download na velocidade máxima. Logo, adquirir a versão digital pode ser um teste de paciência para aqueles que não têm uma internet rápida.

Outra coisa que incomoda a muitos desde o anúncio do título é a ausência de alguns personagens, que estavam presentes em todos os jogos anteriores e, devido a isso, já haviam se tornado ícones da franquia, como é caso de Wolverine e Magneto dos X-Men.

O ocorrido se deve a disputas da Marvel (Disney) com Fox nos cinemas. A Marvel não quer que nenhum novo conteúdo que possa ser usado por suas rivais seja produzido e isso vale para todas as mídias, incluindo HQs e, é claro, games. Há outros personagens que usam golpes e estilos de luta semelhantes, mas mesmo assim isso decepcionou tanto os fãs da série de jogos quanto aos dos mutantes.

Sutileza que vai além dos movimentos

Apesar do tamanho monstruoso e o afastamento de alguns personagens, minha impressão, de fato, com o game foi muito positiva. Começando pela apresentação, que surge antes da tela inicial, que está bem mais contida tanto visualmente quanto sonoramente. Não tem mais aquela “rave do branquelo doido” ao fundo, como nos dois últimos jogos da série, o que para mim deixou-o bem mais atrativo.

A música de abertura do Marvel Vs Capcom 3 (Multi), por exemplo, era intensa de tal maneira que simplesmente não combinava com o game, além de gerar certa aversão. Afinal de contas, não tinha relação alguma com as obras desenvolvidas pela Marvel ou Capcom. Enfim, não sei porque diabos resolveram fazer aquilo, mas agora está bem mais agradável e faz mais jus aos personagens escolhidos.

Atualizando a humanidade

Na trama, Sigma forja uma aliança com Ultron. Eles usam as joias do Espaço e da Realidade para unir seus universos de origem e também a si próprios, resultando em um ser único chamado Ultron Sigma. Para erradicar todos os seres vivos, eles criam uma forma evoluída do Sigma Vírus que transforma criaturas orgânicas em sintéticas sob seu controle. Para deter essa ameaça, heróis de diferentes mundos se aliam.

Como em outros jogos baseados em crossovers, não havia muito que se esperar de história que, geralmente, reúne vários heróis de diferentes universos, por causa de uma grande ameaça que pode destruir suas terras natais. MvsC: Infinite, no entanto, consegue surpreender com uma trama cheia de traições, reviravoltas e algumas velhas rivalidades vindas à tona. Em outras palavras, o enredo foi uma bela surpresa.

Não precisava fazer cara feia

O design dos personagens também está um pouco sem criatividade, isso para não dizer que personagens como Chun-li e Ryu ficaram visualmente mais feios que o habitual, principalmente quando os comparamos com os jogos anteriores da “série versus” e Street Fighter V. Os desenvolvedores optaram remodelar os personagens em um 3D usando estilo mais realista, porém algo muito estranho ocorreu, principalmente com relação aos narizes dos personagens citados.

Talvez, se a Capcom tivesse voltado às origens e optado por um estilo mais cartunesco, como nos primeiros jogos da série, os designers poderiam ter mais liberdade e facilidade ao desenvolver os personagens, obtendo figuras mais atraentes ao público.

Simplicidade mortal

Vários elementos do sistema de funcionamento do jogo foram simplificados com a intenção de tentar agradar tanto aos fãs da série quanto aqueles que nunca tiveram contato com a mesma.

A primeira mudança notada foi diminuição na equipe de personagens controlada por cada um dos jogadores, enquanto nos dois últimos jogos da série você pode selecionar três personagens, em Infinite você pode escolher somente dois. Essa subtração deixará os novatos menos confusos, mas pode desanimar os mais experientes, que já haviam se habituado a alternar entre três heróis durantes as partidas.

Os comandos estão mais bem definidos - agora você tem um soco fraco, soco forte, chute fraco e chute forte, um botão para trocar de personagem, dois para manipular as joias do infinito.

O sistema de combos também foi simplificado, permitindo que se realize sequências de golpes de mais seis hits pressionando rapidamente um único e mesmo botão. No entanto, caso você tenha agilidade no uso do controle e não necessite dessa mecânica, você pode desabilitá-la a qualquer momento nas opções do jogo.

Outra novidade com relação às mecânicas é o retorno das joias do infinito, que não dão as caras em um jogo de luta Marvel Super Heroes (Multi). Com exceção do modo história, antes de cada partida você pode escolher destes sete artefatos e usar seu poder mais fraco, que ajuda a encher a barra correspondente a joia em questão ou, quando a barra estiver cheia, pode usar onda do infinito, gerando um efeito devastador.

Apesar das melhores duplas e combinações ainda estarem sendo descobertas pelos jogadores, já se percebe alguns problemas de balanceamento.  Algumas dessas misturas podem ser mortais, como é o caso do personagem Dante que com a ajuda da joia do tempo, que aumenta o hit gerado por seus combos, consegue nocautear alguns personagens menos resistentes, como Arthur e Chun-li, com única sequência de golpes.

Por fim, os cenários do jogo também são bem diferentes dos demais jogos, a maioria dele são, na verdade, fusões de dois ou mais universos, o que dá todo um tom de originalidade a eles. Com destaque para Valkanda, uma nova localidade que mistura Walkanda, o país fictício Marvel regido pelo herói, Pantera Negra, e Val Habar, o primeiro vilarejo apresentado no jogo Monster Hunter 4 (3DS). O resultado é um belo e pacífico deserto repleto de estátuas colossais de monstros e, é claro de, panteras.

Reunindo diferentes públicos

O novo jogo da série versus está mais simples, o que o torna uma excelente porta de entrada para aqueles que nunca tiveram contato com a série. Os veteranos, no entanto, também não ficarão entediados, pois há longas sequências de golpes para serem aprendidas e combinações entre personagens e joias a serem descobertas.

Além disso, o título possui uma história surpreendentemente interessante, ainda mais se levarmos em conta a baixa qualidade ou até mesmo inexistência desse elemento em jogos de luta.

Qualidades:

  • Trama distinta;
  • Simplificação de sistemas e mecânicas;
  • Comandos bem definidos;
  • Ressurgimento das joias do infinito.

Defeitos:

  • Ausência de personagens clássicos;
  • Más decisões de design.

Marvel Vs. Capcom: Infinite – PC/PS4/Xbox One - Nota: 7,5


Revisão: Ailton Bueno


* Este texto foi produzido a partir de uma chave cedida pela assessoria de imprensa.

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